Sino



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Hoje eu me machuquei enquanto brincava com algumas memórias de algum tempo atrás. Foi como pegar uma agulha e injetar nas veias tristezas que se conjugadas com o presente fazem soar um sino que balança pra cá e pra lá compondo uma trilha sinistra a cada vez que se tenta fechar o livro de memórias e seguir em frente. Vesti-me com uma coroa de espinhos e deitei para descansar pensando: “No que eu me tornei?” Adormeci depois de tomar um remédio suspeito e sonhei que lembrava tudo. No que eu me tornei meu amigo mais doce? Eu te decepcionei, sim eu fiz você sangrar. Não importa o quanto eu me nutri com amor, eu me lembro de tudo. No que eu me tornei meu amigo mais doce? Todos os que eu conhecia me deixaram no final. O que eu posso me oferecer hoje à noite? Meu império falido de pensamentos quebrados que eu não consigo mais reparar. Hoje eu me machuquei enquanto brincava de ser feliz. Memórias de um tempo atrás que me assombram e me fazem ir para longe. Lembrei de quando andava por aí confiando nas pessoas que me cercavam e faziam meu coração vibrar de tanto amor. No que eu me tornei meu amigo mais doce? Talvez um espectro que transmuta a feição para parecer feliz e confiante com a vida, mas que quando deita é sugado para o mundo dos necromantes e fica lá até precisar sair novamente por aí. Não confie em mim, eu vou te machucar. Eu foco na dor; a única coisa que é real. Eu me lembro de tudo. No que eu me tornei meu amigo mais tenro? Você pode ter tudo de mim, mas só tenho meu império falido de pensamentos quebrados e insípidos. Eu não posso me consertar nem me concertar. Não sou canção faz tempo. Hoje, enquanto me machucava me ligaram e disseram: “Amigo, você ainda tem tempo.” Eu respondi: “No que eu me tornei meu amigo mais doce?”

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