Liga da Justiça (2017) - Crítica

Introdução


Um dos filmes mais aguardados do ano acaba de estrear nos cinemas e o Discursos Pedestres marcou presença na pré-estréia para trazer alguns comentários sobre o filme. Hoje, vamos falar um pouco do longa Liga Da Justiça (2017). O filme contou com a direção de Zack Snyder, diretor do aclamado 300 (2008), que também dirigiu O Homem de Aço (2013) e mais recentemente, Batman V Superman: A Origem da Justiça (2016) e Roteiro e também direção (após Zack Snyder se afastar do projeto por conta de uma demanda familiar) de Joss Whedon, que precisou refilmar cerca de 20% do filme após assumir a direção. Joss Whedon foi diretor de Os Vingadores (2012), Vingadores: A Era de Ultron (2015), da Marvel Studios. Chris Terrio, roteirista de Argo (2012), aparece como co-roteirista do longa, este que também escreveu os filmes mencionados acima que contaram com a direção de Zack Snyder e estão estabelecendo o universo da Dc no cinema, pós “Era Nolan”. Terrio está confirmado para co-escrever Star Wars episódio IX ao lado do gênio J. J. Abrams.

No elenco principal do filme, temos a volta de Ben Affleck, Argo (2012), como Bruce Wayne/Batman, o retorno de Gal Gadot, Mulher-Maravilha (2017), como a heroína Mulher-Maravilha, Henry Cavill, Imortais (2011) como o Superman, este que estará em Missão Impossível 6 (2018), que contará com a direção de Christopher McQuarrie Operação Valquíria (2008), a estréia (agora real) de Jason Momoa Conan, O Barbáro (2008) como Aquaman, a estréia de Ray Fisher mais conhecido pela comédia The Good, the Bad and the Confused e do incrível Ezra Miller As Vantagens de Ser Invisível (2012) como o Flash. O britânico Ciarán Hinds A Mulher de Preto (2012), interpreta a ameaça vinda direto de Apokolips, O Lobo da Estepe.


Crítica – Liga Da Justiça

Dc Studios em Crise?

Mesmo tratando-se de um dos filmes mais aguardados de todos os 52 universos da Dc, Liga da Justiça tem o risco de cair na longa lista de filmes os quais o trailer é melhor do que o filme. Quem acompanhou a pré-produção e tem acompanhado a tentativa de um estabelecimento do universo estendido da Dc tem percebido que a cada semana temos uma reviravolta, com calendários adiados, troca constante de roteiristas, atores dando declarações confusas e deixando a todos, especialmente os Dcnautas com o coração na mão. Estou usando esse argumento introdutório porque tudo isso se reflete nos filmes que temos visto na Dc Studios e o Liga da Justiça não escapou disso. Quando saíram as notícias de que o filme iria ter um tom mais leve, menos sombrio do que os filmes anteriores, a irritação dos fãs aumentou, mas mesmo assim, nos mantivemos confiantes de que só de ver a Liga da Justiça junta em 3D já valeria a pena. Não posso continuar essa crítica sem pontuar isso, o filme já começou a dar problema na pré-produção e, geralmente quando essas notícias começam a aparecer e se confundem com o hype do filme, o desastre é certo. Esquadrão suicida é um exemplo disso.

O Tom do Filme

A mudança de tom no filme, vide mudança de direção, como apontei na introdução, ficou muito clara a partir dos 40 minutos de experiência, quando Bruce começa efetivamente a juntar os componentes da liga para enfrentar a grande ameaça. Por se tratar de um filme de equipe, obviamente já estava posto que não houvesse possibilidade de desenrolar a fundo a história de cada um deles, mas mesmo assim, a direção conseguiu amarrar os personagens, usando como pano de fundo as caixas maternas e uma explicação acerca do passado delas, que teve uma função essencial para expandir um pouco mais a mitologia que envolve os Homens, as Amazonas e os Atlantis e para nos dar uma dimensão maior acerca do quão perigoso o Lobo da Estepe seria, caso não houvesse uma Liga da Justiça para defender a terra. A pergunta que ficou foi: Se o Lobo da Estepe está dando esse trabalho, imaginem o Darkseid? A impressão que ficou foi a de que ao mexerem no tom do filme, o impacto também foi reduzido bruscamente. Só me lembro de vibrar em algumas cenas e mesmo sendo um leitor ávido de quadrinhos e acompanhar todo o universo que envolva superheroes, me pareceu estar consumindo uma versão light do que poderia ter sido um filme épico.


Pontos positivos

  • ·         Fiquei surpreso com o desempenho do Ezra Miller, como o Flash. Sem dúvidas, ele roubou a cena várias vezes, sendo responsável por quase todas as risadas do público e sem dúvidas, se a Dc não continuar pisando na bola, tem potencial para fazer sucesso em um filme solo.


  • ·         Jason Momoa como Aquaman foi formidável. Considero que ele tenha tido um bom espaço no filme, talvez propositalmente, para poder fazer par com o Ezra Miller e fazer o público vibrar com a forma como o personagem estava caracterizado.


  • ·         Gal Gadot realmente nasceu para ser a Mulher-Maravilha. Apesar de não estar brilhante no filme, ela enche os olhos do público pelo seu carisma e nos enche de esperança para o próximo filme solo.


  • ·         Ray Fisher, como o Cyborg esteve muito bem no papel. Realmente senti como se fosse o nosso querido Cyborg da série animada. O modo como o personagem foi construído no filme foi interessante, apesar de eu ter ficado com esse gosto de não estar satisfeito. Fica a promessa para o filme solo. Diferentemente do que conhecemos do personagem, a mudança no tom do filme atingiu diretamente ele. Para melhor ou pior, deixarei que vocês assistam e comparem. Um herói negro e com importância no filme! 


  • ·         A equipe funcionou bem, graças aos personagens novos, que deram um tempero interessante para a apatia de Ben Affleck como Batman, assim como o Alfred, interpretado por Jeremy Irons Assassin’s Creed (2016).



Pontos Negativos 


  • ·         Ben Affleck não conseguiu convencer. A impressão de que ele não queria estar fazendo aquele papel ficou bem forte. Apesar da figura do Batman/Bruce Wayne ter sido importante porque tudo gira em torno dele, como o mais experiente e também pela sua culpa por ter ficado contra o superman, nada disso parece ter inspirado Affleck. A maneira como o filme foi editado também não privilegiou as cenas de ação do Batman.


  • ·         A ameaça desenhada em Batman V Superman: A Origem da Justiça foi o que mais me irritou no filme. Todo aquele drama fomentado pelos trailers simplesmente se esvaziou no filme e se tivesse sido o Coringa querendo dominar o mundo ou o Lobo da Estepe, não teria feito a menor diferença. Essa ameaça não teve o impacto que todos nós estávamos esperando.


  • ·         O figurino das Amazonas. Obviamente faremos um post falando sobre isso, mas a diferença do traje das amazonas no filme solo da Mulher- Maravilha, que foi desenhado por mulheres para o da Liga Justiça, que foi desenhado por homens é gritante. Apelo desnecessário.


  • ·         Trilha sonora. Fiquei decepcionado pela falta de pujança. Apenas o tema do Batman chama um pouco a atenção, mas nada demais.

 Consideração finais

Apesar de não ter saído satisfeito do cinema, por conta da expectativa criada e o que foi entregue como produto final, o filme Liga Da Justiça vale a pena ser assistido, desde que se leve em consideração que se trata de um filme com problemas de pré-produção, troca de direção, e que não foi feito para ser levado tão a sério, mas para divertir e isso ele consegue entregar no final. Compre uma pipoca bem grande, um refrigerante gelado e mergulhe no universo da Liga, que esperamos que continue crescendo e que os Nerds continuem dominando o mundo para todo e sempre.










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Comentários

  1. Excelente, Deco! Pontos cruciais foram ressaltados. Já entro no cinema sem grandes expectativas hahaha
    E que os Nerds continuem dominando o mundo para todo e sempre!

    ResponderExcluir

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